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Criado: Sexta, 13 Julho 2018
Pacientes denunciam falta de remédios no Ophir Loyola
Tratamentos estão sendo retardados na luta contra o câncer.
A falta de medicamentos cedidos por instituições governamentais a pacientes de câncer está provocando atrasos ou interrupções de tratamentos oferecidos pelo Hospital Ophir Loyola, especializado neste tipo de atendimento em Belém. Os próprios pacientes denunciaram a suspensão na entrega de alguns medicamentos usados para tratar a doença, entre eles o Taxol, indicado como primeira e segunda linha de tratamento do câncer de ovário e como tratamento posterior ao tratamento principal do câncer de mama, e o Sutent, utilizado na terapêutica de tumor estromal gastrintestinal ou renal.
O problema chegou ao conhecimento do Ministério Público, que solicitou esclarecimentos à Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) e garante já ter tomado medidas para a normalização do fornecimento. Em nota emitida ontem, a secretaria afirma que medicamentos fornecidos exclusivamente pelo Ministério da Saúde tiveram o abastecimento suspenso em todo o País.
Na lista dos medicamentos com fornecimento sustado pelo ministério estão, segundo a Sespa, o Asparaginase, cuja aquisição emergencial teve processo iniciado pelo próprio Ophir Loyola, e o Dasatinibe. No que se refere ao estoque de medicamentos sob responsabilidade do próprio Estado, a Sespa diz estar envidando esforços para regularizar principalmente aqueles considerados essenciais, como os de tratamento de câncer e destinados a pacientes que passaram por transplantes.
Garantindo, ainda, que adquiriu, com recursos próprios, alguns medicamentos suspensos pelo ministério, a Sespa informou que o hospital solicitou empenho e aguarda a entrega, pela empresa fornecedora, tanto do Taxol quanto do Sutent - cujo preço médio para o consumidor é de R$ 18 mil por uma caixa com 28 comprimidos.
Uma das pessoas que sofrem com o atraso ou suspensão dos tratamentos por conta da carência de remédio é Carlos Sales. Portador de câncer nos rins, o paciente confirmou a falta de Sutent, indispensável em seu tratamento, na farmácia do hospital. Silvia Costa também sofre com a carência de remédios: ela retirou um tumor maligno da bexiga em 2016, mas o câncer reapareceu este ano. No seu caso, duas sessões de quimioterapia foram canceladas pela falta de Taxol, o que prejudica a recuperação. “É uma situação muito angustiante”, relatou. “Eu ligo pra lá e eles dizem que não tem a medicação e que é pra ligar no dia seguinte”.
Fonte: ORM
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