Custo de hospedagem pode barrar países pobres e afetar legitimidade da COP30, diz presidente do evento
Países pressionam governo brasileiro por causa dos preços dos hotéis durante a COP30 em Belém O custo e a falta de vagas de hospedagem em Belém podem fazer que os países mais pobres e também mais afetados pela mudança do clima fiquem de fora da COP30, que acontece em Belém em novembro. A análise da organização e de especialistas converge: é preciso agir ainda nos 100 dias que faltam para o evento para evitar que ausência de nações ou mesmo que delegações reduzidas afetem a legitimidade do que for decidido na conferência. "Temos que encontrar uma maneira de que eles possam estar em Belém. Com a ausência dos países pobres, ficaria uma COP sem legitimidade”, afirma André Corrêa do Lago, presidente da COP30. Os países sob risco de não participar têm um orçamento limitado de US$ 143 por dia, considerando alimentação e hospedagem. Vale dizer que esse valor é padrão em todas as COPs, historicamente. Mas a realidade em Belém é de preços “extorsivos”, como descreveu o próprio André Corrêa do Lago. Eles chegam a até dez vezes o praticado na cidade, com diárias a US$ 700. O governo do Pará, comandado por Helder Barbalho (MDB), diz que que vem adotando uma série de soluções para ampliar a oferta de hospedagem e que não pode intervir na questão dos preços (veja íntegra do posicionamento abaixo). Faz meses o preço das hospedagens têm sido uma questão para o governo, que já buscou acordo com a rede hoteleira no estado, sem sucesso. Nesta semana, a questão se tornou oficial com o escritório climático da Organização das Nações Unidas (ONU) realizando uma reunião de emergência para debater os altos preços das acomodações.


Países pressionam governo brasileiro por causa dos preços dos hotéis durante a COP30 em Belém O custo e a falta de vagas de hospedagem em Belém podem fazer que os países mais pobres e também mais afetados pela mudança do clima fiquem de fora da COP30, que acontece em Belém em novembro. A análise da organização e de especialistas converge: é preciso agir ainda nos 100 dias que faltam para o evento para evitar que ausência de nações ou mesmo que delegações reduzidas afetem a legitimidade do que for decidido na conferência. "Temos que encontrar uma maneira de que eles possam estar em Belém. Com a ausência dos países pobres, ficaria uma COP sem legitimidade”, afirma André Corrêa do Lago, presidente da COP30. Os países sob risco de não participar têm um orçamento limitado de US$ 143 por dia, considerando alimentação e hospedagem. Vale dizer que esse valor é padrão em todas as COPs, historicamente. Mas a realidade em Belém é de preços “extorsivos”, como descreveu o próprio André Corrêa do Lago. Eles chegam a até dez vezes o praticado na cidade, com diárias a US$ 700. O governo do Pará, comandado por Helder Barbalho (MDB), diz que que vem adotando uma série de soluções para ampliar a oferta de hospedagem e que não pode intervir na questão dos preços (veja íntegra do posicionamento abaixo). Faz meses o preço das hospedagens têm sido uma questão para o governo, que já buscou acordo com a rede hoteleira no estado, sem sucesso. Nesta semana, a questão se tornou oficial com o escritório climático da Organização das Nações Unidas (ONU) realizando uma reunião de emergência para debater os altos preços das acomodações.