Jornalista é detido em área de construção de porto que receberá navios-cruzeiro na COP 30
Porto de Outeiro, em Belém, está passando por reformas para ampliar capacidade de hospedagem da COP30. Diretoria de Infraestrutura/Secop Em Belém, um repórter fotográfico brasileiro foi detido por guardas portuários nesta quarta-feira (27) e levado para a sede da Polícia Federal, enquanto prestava serviços para Xinhua News Agency, agência oficial chinesa. Segundo a Polícia Federal, a ação dos guardas teria sido motivada após o jornalista "adentrar área alfandegária de acesso restrito". Ele foi liberado por volta das 14h10. A detenção foi na praia de Brasília, no distrito de Outeiro, onde está sendo reformado um porto para receber navios-cruzeiro durante a Conferência Mundial sobre as Mudanças Climáticas, a COP 30. O porto fica a cerca de 20 km do centro de Belém. "O fotógrafo esclareceu que desconhecia a proibição de entrada no local e, ante a ausência de indícios de cometimento de crime ou outra infração, foi liberado após o registro administrativo dos fatos", informou a Polícia Federal. Já o Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor-PA) acompanhou o caso na Polícia Federal e repudiou a detenção. "O SINJOR-PA se solidariza com o repórter e acompanhará o caso, sempre na defesa da democracia, da liberdade de imprensa, do livre exercício profissional e dos direitos de trabalhadores da comunicação", informou. LEIA TAMBÉM: Navios de luxo vão ter 6 mil leitos na COP30, mas ficarão a mais de 20 km dos eventos em Belém Entenda a obra em Outeiro Comitiva da ONU visita Porto de Outeiro visando os preparativos para a COP30 A obra do porto em Outeiro para a COP 30 consiste na reforma e ampliação do Terminal Portuário de Outeiro. A ideia é possibilitar a atracação de dois grandes navios de cruzeiro - os transatlânticos MSC Seaview e Costa Diadema - durante o evento. Segundo o governo federal, o objetivo é usar esses navios como hospedagem temporária para acomodar cerca de 6 mil pessoas. Juntos, os navios oferecem aproximadamente 3,9 mil cabines, já que há insuficiência de leitos hoteleiros na região metropolitana de Belém para a conferência climática. Orçada em R$ 180 milhões, a obra inclui a construção de um píer de 710 metros e adaptações técnicas e logísticas para receber transatlânticos com mais de 300 metros de comprimento. O projeto tem previsão de conclusão em outubro de 2025, um mês antes da COP 30 marcada para novembro. O governo também anunciou que, para facilitar o deslocamento dos visitantes entre o porto e os locais oficiais do evento, há também a construção da segunda ponte entre Outeiro e Icoaraci, que está em fase final de entrega. VÍDEOS: veja todas as notícias do Pará Leia as últimas notícias do estado no g1 Pará


Porto de Outeiro, em Belém, está passando por reformas para ampliar capacidade de hospedagem da COP30. Diretoria de Infraestrutura/Secop Em Belém, um repórter fotográfico brasileiro foi detido por guardas portuários nesta quarta-feira (27) e levado para a sede da Polícia Federal, enquanto prestava serviços para Xinhua News Agency, agência oficial chinesa. Segundo a Polícia Federal, a ação dos guardas teria sido motivada após o jornalista "adentrar área alfandegária de acesso restrito". Ele foi liberado por volta das 14h10. A detenção foi na praia de Brasília, no distrito de Outeiro, onde está sendo reformado um porto para receber navios-cruzeiro durante a Conferência Mundial sobre as Mudanças Climáticas, a COP 30. O porto fica a cerca de 20 km do centro de Belém. "O fotógrafo esclareceu que desconhecia a proibição de entrada no local e, ante a ausência de indícios de cometimento de crime ou outra infração, foi liberado após o registro administrativo dos fatos", informou a Polícia Federal. Já o Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor-PA) acompanhou o caso na Polícia Federal e repudiou a detenção. "O SINJOR-PA se solidariza com o repórter e acompanhará o caso, sempre na defesa da democracia, da liberdade de imprensa, do livre exercício profissional e dos direitos de trabalhadores da comunicação", informou. LEIA TAMBÉM: Navios de luxo vão ter 6 mil leitos na COP30, mas ficarão a mais de 20 km dos eventos em Belém Entenda a obra em Outeiro Comitiva da ONU visita Porto de Outeiro visando os preparativos para a COP30 A obra do porto em Outeiro para a COP 30 consiste na reforma e ampliação do Terminal Portuário de Outeiro. A ideia é possibilitar a atracação de dois grandes navios de cruzeiro - os transatlânticos MSC Seaview e Costa Diadema - durante o evento. Segundo o governo federal, o objetivo é usar esses navios como hospedagem temporária para acomodar cerca de 6 mil pessoas. Juntos, os navios oferecem aproximadamente 3,9 mil cabines, já que há insuficiência de leitos hoteleiros na região metropolitana de Belém para a conferência climática. Orçada em R$ 180 milhões, a obra inclui a construção de um píer de 710 metros e adaptações técnicas e logísticas para receber transatlânticos com mais de 300 metros de comprimento. O projeto tem previsão de conclusão em outubro de 2025, um mês antes da COP 30 marcada para novembro. O governo também anunciou que, para facilitar o deslocamento dos visitantes entre o porto e os locais oficiais do evento, há também a construção da segunda ponte entre Outeiro e Icoaraci, que está em fase final de entrega. VÍDEOS: veja todas as notícias do Pará Leia as últimas notícias do estado no g1 Pará