Milei é retirado às pressas de carreata após ataques com pedras e confusão
Milei é retirado de carreata após ataque com pedras e confusão O presidente da Argentina, Javier Milei, precisou ser retirado às pressas de uma carreata nesta quarta-feira (27). Segundo a imprensa local, homens atiraram pedras e garrafas contra o líder argentino. Um porta-voz informou que ninguém se feriu. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp A carreata fazia parte de um evento do partido de Milei, A Liberdade Avança, na cidade de Lomas de Zamora, ao sul da Grande Buenos Aires. O presidente estava acompanhado do deputado José Luis Espert, um dos principais candidatos às eleições legislativas de outubro. Imagens que circulam nas redes sociais mostram Milei acenando para as pessoas na caçamba de uma picape, quando começa um tumulto. Outros vídeos registram Espert deixando o local em uma moto, sem capacete. O jornal El Clarín informou que a carreata precisou ser suspensa por motivos de segurança. A publicação relatou ainda que militantes de oposição insultaram e atiraram objetos contra o presidente. De acordo com a imprensa argentina, houve confusão entre apoiadores e opositores de Milei. Em entrevista à rede de televisão TN, Espert acusou militantes ligados à ex-presidente Cristina Kirchner de violência. Ele disse ainda que uma fotógrafa que acompanhava a campanha foi atingida por uma pedra. "Percorremos vários quarteirões em paz, com alegria e grande euforia, e em certo momento pedras caíram muito perto do presidente", afirmou. Após o incidente, Milei republicou várias postagens nas redes sociais condenando os ataques. Ele também publicou uma foto ao lado de Espert e da irmã Karina Milei — alvo de denúncias de corrupção (entenda mais abaixo). Initial plugin text LEIA TAMBÉM Derrotas no Congresso e escândalos expõem pesadelo de Milei antes de importantes eleições na Argentina Áudio vazado, denúncia de corrupção e esquema de propina: entenda acusações contra irmã de Milei ONU diz que fome em Gaza é 'crise provocada pelo homem' e pede que Israel suspenda restrições de entrega de ajuda humanitária Crise Pedra é atirada contra Milei durante carreata Juan Mabromata / AFP Atualmente, Milei vive um momento de crise na Argentina, com denúncias de corrupção. No dia 22 de agosto, a Justiça realizou buscas como parte da investigação sobre um suposto esquema de propina que envolve funcionários de alto escalão do governo e a própria irmã do presidente, Karina Milei. O escândalo começou após a divulgação de áudios que teriam sido gravados pelo ex-dirigente da Agência Nacional da Pessoa com Deficiência (ANDIS), Diego Spagnuolo, demitido pelo governo em 21 de agosto. Os áudios fazem menções a subornos e citam Karina Milei e Eduardo "Lule" Menem, subsecretário de Gestão Institucional do governo, como beneficiários das supostas propinas na compra de medicamentos. "Estão roubando, você pode fingir que não sabe, mas não joguem esse problema para mim, tenho todos os WhatsApps de Karina", diz um dos áudios atribuídos a Spagnuolo e divulgados pela imprensa local. Spagnuolo afirmou que o valor desviado é de até 8% de cada contrato, em torno de US$ 500 mil a US$ 800 mil por mês, e que Karina recebe cerca de 3%. Em outro trecho, o ex-dirigente afirma que chegou a conversar com o presidente Javier Milei sobre os desvios. "Eles não consertaram nada", completa. A veracidade das gravações, no entanto, ainda não foi comprovada pela Justiça, que até o momento não ordenou prisões nem apresentou acusações formais no âmbito do sigilo judicial. Na operação de busca e apreensão, as autoridades apreenderam carros, celulares, uma máquina de contagem de dinheiro e US$ 266 mil (R$ 1,5 milhão, na cotação atual) em espécie. Após as denúncias, o presidente criticou a imprensa e parlamentares de oposição. O presidente da Argentina, Javier Milei, em carreata na região de Buenos Aires, em 27 de agosto de 2025 REUTERS/Agustin Marcarian Derrotas no Congresso Em meio à crise, Milei também se prepara para as eleições de meio de mandato em outubro, encaradas como um referendo sobre a agenda de austeridade e as reformas de mercado defendidas pelo presidente. Nos últimos meses, Milei acumulou derrotas no Congresso e chegou a romper com a vice-presidente, Victoria Villarruel, que também preside o Senado. Em julho, o Senado aprovou, por iniciativa da oposição, aumentos nas aposentadorias e em pensões para pessoas com deficiência. O governo argumentou que a medida comprometeria o equilíbrio fiscal. Milei chamou Villarruel de “traidora” por ter permitido a realização da sessão. A vice rebateu, dizendo que o presidente deveria “se comportar como um adulto”. No início de agosto, Milei vetou os aumentos aprovados. A Câmara derrubou o veto sobre os fundos para pessoas com deficiência, mas manteve a decisão presidencial em relação às aposentadorias. Agora, a palavra final caberá ao Senado. Diante da tensão com o Congresso, a aprovação de Milei caiu oito pontos percentuais em cinco semanas, chegando a 41%. No entanto, o parti


Milei é retirado de carreata após ataque com pedras e confusão O presidente da Argentina, Javier Milei, precisou ser retirado às pressas de uma carreata nesta quarta-feira (27). Segundo a imprensa local, homens atiraram pedras e garrafas contra o líder argentino. Um porta-voz informou que ninguém se feriu. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp A carreata fazia parte de um evento do partido de Milei, A Liberdade Avança, na cidade de Lomas de Zamora, ao sul da Grande Buenos Aires. O presidente estava acompanhado do deputado José Luis Espert, um dos principais candidatos às eleições legislativas de outubro. Imagens que circulam nas redes sociais mostram Milei acenando para as pessoas na caçamba de uma picape, quando começa um tumulto. Outros vídeos registram Espert deixando o local em uma moto, sem capacete. O jornal El Clarín informou que a carreata precisou ser suspensa por motivos de segurança. A publicação relatou ainda que militantes de oposição insultaram e atiraram objetos contra o presidente. De acordo com a imprensa argentina, houve confusão entre apoiadores e opositores de Milei. Em entrevista à rede de televisão TN, Espert acusou militantes ligados à ex-presidente Cristina Kirchner de violência. Ele disse ainda que uma fotógrafa que acompanhava a campanha foi atingida por uma pedra. "Percorremos vários quarteirões em paz, com alegria e grande euforia, e em certo momento pedras caíram muito perto do presidente", afirmou. Após o incidente, Milei republicou várias postagens nas redes sociais condenando os ataques. Ele também publicou uma foto ao lado de Espert e da irmã Karina Milei — alvo de denúncias de corrupção (entenda mais abaixo). Initial plugin text LEIA TAMBÉM Derrotas no Congresso e escândalos expõem pesadelo de Milei antes de importantes eleições na Argentina Áudio vazado, denúncia de corrupção e esquema de propina: entenda acusações contra irmã de Milei ONU diz que fome em Gaza é 'crise provocada pelo homem' e pede que Israel suspenda restrições de entrega de ajuda humanitária Crise Pedra é atirada contra Milei durante carreata Juan Mabromata / AFP Atualmente, Milei vive um momento de crise na Argentina, com denúncias de corrupção. No dia 22 de agosto, a Justiça realizou buscas como parte da investigação sobre um suposto esquema de propina que envolve funcionários de alto escalão do governo e a própria irmã do presidente, Karina Milei. O escândalo começou após a divulgação de áudios que teriam sido gravados pelo ex-dirigente da Agência Nacional da Pessoa com Deficiência (ANDIS), Diego Spagnuolo, demitido pelo governo em 21 de agosto. Os áudios fazem menções a subornos e citam Karina Milei e Eduardo "Lule" Menem, subsecretário de Gestão Institucional do governo, como beneficiários das supostas propinas na compra de medicamentos. "Estão roubando, você pode fingir que não sabe, mas não joguem esse problema para mim, tenho todos os WhatsApps de Karina", diz um dos áudios atribuídos a Spagnuolo e divulgados pela imprensa local. Spagnuolo afirmou que o valor desviado é de até 8% de cada contrato, em torno de US$ 500 mil a US$ 800 mil por mês, e que Karina recebe cerca de 3%. Em outro trecho, o ex-dirigente afirma que chegou a conversar com o presidente Javier Milei sobre os desvios. "Eles não consertaram nada", completa. A veracidade das gravações, no entanto, ainda não foi comprovada pela Justiça, que até o momento não ordenou prisões nem apresentou acusações formais no âmbito do sigilo judicial. Na operação de busca e apreensão, as autoridades apreenderam carros, celulares, uma máquina de contagem de dinheiro e US$ 266 mil (R$ 1,5 milhão, na cotação atual) em espécie. Após as denúncias, o presidente criticou a imprensa e parlamentares de oposição. O presidente da Argentina, Javier Milei, em carreata na região de Buenos Aires, em 27 de agosto de 2025 REUTERS/Agustin Marcarian Derrotas no Congresso Em meio à crise, Milei também se prepara para as eleições de meio de mandato em outubro, encaradas como um referendo sobre a agenda de austeridade e as reformas de mercado defendidas pelo presidente. Nos últimos meses, Milei acumulou derrotas no Congresso e chegou a romper com a vice-presidente, Victoria Villarruel, que também preside o Senado. Em julho, o Senado aprovou, por iniciativa da oposição, aumentos nas aposentadorias e em pensões para pessoas com deficiência. O governo argumentou que a medida comprometeria o equilíbrio fiscal. Milei chamou Villarruel de “traidora” por ter permitido a realização da sessão. A vice rebateu, dizendo que o presidente deveria “se comportar como um adulto”. No início de agosto, Milei vetou os aumentos aprovados. A Câmara derrubou o veto sobre os fundos para pessoas com deficiência, mas manteve a decisão presidencial em relação às aposentadorias. Agora, a palavra final caberá ao Senado. Diante da tensão com o Congresso, a aprovação de Milei caiu oito pontos percentuais em cinco semanas, chegando a 41%. No entanto, o partido dele continua liderando pesquisas de intenção de voto para as eleições legislativas. VÍDEOS: mais assistidos do g1