Zanin manda para prisão operador de esquema de venda de sentenças que estava em regime domiciliar
Andreson Gonçalves, apontado como o principal lobista do advogado Roberto Zampieri Divulgação O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão de Andreson de Oliveira Gonçalves, apontado como operador de um esquema de venda de sentenças que teria envolvido até gabinetes do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A Polícia Federal já cumpriu a medida. Zanin atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) após Anderson passar por uma nova avaliação médica. Ele cumpria prisão em regime domiciliar desde julho devido ao estado crítico de saúde e da aparência esquelética. Antes, ele ficou preso na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, por oito meses, quando teria perdido mais de 25kg e apresentado estado de diabetes avançado (veja nas imagens abaixo). Andreson Gonçalves vai cumprir prisão domiciliar após estado crítico de saúde no presídio Segundo a defesa, Andreson passou por uma cirurgia em 2020 chamada gastrectomia vertical com interposição ileal, procedimento que envolve a retirada de parte do intestino e altera significativamente a digestão e absorção de alimentos. O empresário é apontado pela PF como um dos principais operadores do esquema investigado. Segundo a PF, as investigações "revelaram a existência de um mercado paralelo de influência, no qual contratos milionários de advocacia ou de consultoria eram firmados com o propósito de assegurar decisões previamente combinadas, em substituição à efetiva atuação técnico-jurídica" nos processos. O relatório descreve a existência de uma rede de intermediários, operadores e servidores, criada para manipular e direcionar decisões do STJ e de outros tribunais. Segundo a PF, o esquema envolvia pessoas que atuavam em três núcleos: Servidores públicos ligados a gabinetes, que vazavam informações sensíveis e antecipavam minutas; Advogados e lobistas, que buscavam clientes interessados em decisões favoráveis; e Empresários, principalmente do agronegócio, que seriam beneficiados com as decisões. Os investigadores analisaram uma série de mensagens que revelam ações que seguiam padrões típicos de atuação de organizações criminosas, como o uso de linguagem cifrada, codinomes, laranjas e empresas de fachada. Para tentar maquiar as negociações, a PF diz que o grupo recorria a expressões como "a obra está pronta", que correspondiam a uma minuta de decisão finalizada. A PGR pediu ao Supremo que a PF aprofunde as investigações e detalhe mais dados da investigação. Com saúde debilitada lobista recebe mudança para prisão domiciliar Reprodução

Andreson Gonçalves, apontado como o principal lobista do advogado Roberto Zampieri Divulgação O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão de Andreson de Oliveira Gonçalves, apontado como operador de um esquema de venda de sentenças que teria envolvido até gabinetes do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A Polícia Federal já cumpriu a medida. Zanin atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) após Anderson passar por uma nova avaliação médica. Ele cumpria prisão em regime domiciliar desde julho devido ao estado crítico de saúde e da aparência esquelética. Antes, ele ficou preso na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, por oito meses, quando teria perdido mais de 25kg e apresentado estado de diabetes avançado (veja nas imagens abaixo). Andreson Gonçalves vai cumprir prisão domiciliar após estado crítico de saúde no presídio Segundo a defesa, Andreson passou por uma cirurgia em 2020 chamada gastrectomia vertical com interposição ileal, procedimento que envolve a retirada de parte do intestino e altera significativamente a digestão e absorção de alimentos. O empresário é apontado pela PF como um dos principais operadores do esquema investigado. Segundo a PF, as investigações "revelaram a existência de um mercado paralelo de influência, no qual contratos milionários de advocacia ou de consultoria eram firmados com o propósito de assegurar decisões previamente combinadas, em substituição à efetiva atuação técnico-jurídica" nos processos. O relatório descreve a existência de uma rede de intermediários, operadores e servidores, criada para manipular e direcionar decisões do STJ e de outros tribunais. Segundo a PF, o esquema envolvia pessoas que atuavam em três núcleos: Servidores públicos ligados a gabinetes, que vazavam informações sensíveis e antecipavam minutas; Advogados e lobistas, que buscavam clientes interessados em decisões favoráveis; e Empresários, principalmente do agronegócio, que seriam beneficiados com as decisões. Os investigadores analisaram uma série de mensagens que revelam ações que seguiam padrões típicos de atuação de organizações criminosas, como o uso de linguagem cifrada, codinomes, laranjas e empresas de fachada. Para tentar maquiar as negociações, a PF diz que o grupo recorria a expressões como "a obra está pronta", que correspondiam a uma minuta de decisão finalizada. A PGR pediu ao Supremo que a PF aprofunde as investigações e detalhe mais dados da investigação. Com saúde debilitada lobista recebe mudança para prisão domiciliar Reprodução












